O que é ser gente, afinal?

Não percebo se o meu papel nesta historia é ir ao fundo por arrasto ou nadar para me manter à tona, deixando para trás quem, por teimosia, continua sem mexer os braços e as pernas. Não percebo se devo continuar a apoiar quem não quer (mas precisa de) ser apoiado ou se devo fechar os olhos, seguir em frente e garantir que não morro já (mesmo que provavelmente morra em parte, ao saber que alguém que queria salvar se está a afundar). Não acho justo sermos atingidos pelos efeitos dos erros de quem gostamos mas será totalmente justo alhearmo-nos? Será que, por conseguirmos manter o equilíbrio temos de aturar os desequilíbrios dos outros? Ou será que merecemos viver em paz se, da nossa parte, fazemos por isso? É que se for para sermos todos egoístas, isto de ser humano é capaz de perder a essência, certo? E se perder? Perdemos todos? E o que é que se ganha em querer fazer melhor se quem não se preocupa com o assunto não nos deixa beneficiar desse lado melhor? Questões existenciais de segunda-feira. 

Comentários

  1. Intrinsecamente, não seremos todos apenas egoístas. Mesmo aquilo que fazemos, muitas vezes com o nosso sacrifício, para os outros (pessoas ou causas), é feito para que nos sintamos bem ou consigamos cumprir um qualquer objectivo imposto por nós. O problema não deve ser o egoísmo mas não nos apercebermos que o nosso bem estar depende do bem estar dos outros. O egoísmo existe sempre mas, actualmente, poderá a ser mal gerido por cada egoísta.

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