Não tá fácil categorizar a coisa
A S. já tinha perguntado algo parecido no recém-desorientada: como é que se chama a este
período em que terminámos os estudos, é verão e estamos à procura do “primeiro
emprego”?
Embora seja a altura do
ano em que quem estuda e trabalha tem férias e eu esteja, ainda que de forma
faseada, a gozar de algo parecido – há anos que não fazia tanta praia nem tinha
tanto tempo para a família e amigos –, não me parece a palavra adequada. Por um
lado, as férias são uma interrupção onde as pessoas descansam dos meses árduos
de trabalho e se preparam para os seguintes (e eu, neste momento, não tenho “seguinte”).
Por outro, são dias sinónimos de liberdade, paz de espírito e felicidade
(estados difíceis de atingir em pleno, quando se está inquieto com as
incertezas do futuro).
Ao contrário do último mês e meio
em que, mesmo em cima do joelho, fui arranjando ocupação remunerada, neste
momento tenho zero planos. Desconhecendo o que vem daí e
consciente de que pode não vir nada senão uma grande depressão, dou por mim a
repensar todos os passos, até os supostamente mais descontraídos a que
poderia chamar - ainda que com muitaaaas aspas - férias.
Se durante o ano não pude
ausentar-me de Lisboa devido aos compromissos laborais e estudantis, agora posso esticar a trela, mas com moderação: mesmo sem projectos em mão, há sempre a hipótese de surgirem boas oportunidades e eu
não quero estar inacessível, do outro lado do mundo.
Ainda assim, sei que mereço uma
espécie de férias, aquelas que tenho tido: bons momentos, recuperação de
hábitos e pessoas deixadas numa espécie de stand-by forçado pelo tempo,
passeio e muita calma – porque não saber o que aí vem exige serenidade
redobrada.
Moratória para o emprego? I'm in!
ResponderEliminarTambém tenho arranjado ocupaçõezitas remuneradas (que me valeram a sensação de férias absolutas só durante uns 15 dias), mas não são propriamente um emprego. Vamos lá ver... Se encontrares assim uma fonte milagrosa de emprego, avisa, está bem?