Do meu pai

Podia escrever um livro sobre tudo o que gostaria de mudar nele, para o seu e nosso bem. Encheria centenas de páginas para enumerar todas as manias, todos os defeitos e tudo o que me irrita. Sublinharia as desilusões dos últimos anos mas acabaria por recuar lá para trás para agradecer o investimento e atenção que me dedicou em miúda. A música, as cores, a fala irrepreensível, os desenhos, as letras e a escrita. Abriu-me horizontes, nunca deixou de me explicar nada por ser demasiado nova, foi sempre transparente e chegou mesmo a ser o melhor do mundo - de forma tão genuína que me dói ver tudo isso perdido no tempo.

Comentários

  1. pés no sofá19 de março de 2014 às 22:40

    Sei tão bem. Tão bem que poderia ter sido eu a escrever essas palavras.

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  2. Anónimo20 de março de 2014 às 01:37

    Dizem que há sempre uma explicação para tudo.
    As pessoas mudam por alguma razão. :\

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  3. Miss Memories20 de março de 2014 às 17:26

    Ele pode voltar, pode, pode :) Até lá guarda só o que é bom de guardar...

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