Diário da doente #2
E ao sexto dia, habemus diagnóstico (um deles, vá): alergia a um antibiótico. Agora é continuar a coçar até que não me reste pele e a tomar doses industriais de químicos.
Fica a faltar o diagnóstico da doença menos simpática mas desconfio que com tanto na veia não seja fácil encontrar sangue. Vamos aguardar enquanto evito armar-me naquelas velhas desconfiadas que não deixam os médicos trabalhar e vou vivendo os dramas de um hospital cujo ponto de resolução de problemas é exactamente à frente da porta do meu quarto (imensos problemas desde a auxiliar que comprou o cigarro electrónico à enfermeira que me pede a Vogue e se esconde atrás da cortina, até à doente da cama X que está toda suja ou à copeira que não levantou os tabuleiros).
Uma vida agitada, esta de pessoa internada. Entre os ensaios da minha orquestra de colegas de quarto "oh meninaaaa, oh senhor enfermeiro, oh pai do céu, oh venha cá virar-me", o atender de chamadas e as sessões fotográficas em que me finjo de morta e os meus amigos me cobrem de flores, não me sobra tempo para nada.
Não vamos falar das piores sopas do mundo e quero uma pen com internettttt faz favorrrr (ou então é melhor não antes que me ponha a trabalhar feita tola).
Menos mal. Uma alergia trata-se (não me mates já pois não faço ideia o que estás a passar, mas é menos mau na mesma!) quando diagnosticada a tempo. Ui, vida agitada essa... Já estagiei no Santo André e fiquei com uma vaga ideia do ambiente dos pisos :)
ResponderEliminarToca a ficar boa, mazé! Beijinhos
Deixa-te estar descansadinha! Lê as vogues todas :) um beijinho e que descubram rapido o que é isso!
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