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Alhos sem bugalhos #1

A mesa aberta, as cadeiras à volta, uma taça com tremoços, outra com azeitonas. As santas sobre a mala e o candeeiro que eu acho que nunca tinha visto mas que, pelo aspecto, está ali há mais tempo do que eu existo. A casa remodelada mas sem sombra de modernidade. As portas pintadas num tom claro - e agora ternurento - de cinzento. Nunca me pareceu poético. Nunca me pareceu poético e não me lembro, sequer, do que me possa ter parecido. Memórias vagas da(s) sala(s) e de como era o pátio no tempo em que por algum motivo por ali andávamos a brincar. Da cozinha lembro-me melhor. Aquele poster que tivemos durante anos, com a bisavó comigo ao colo, sentadas ao lado da lareira, não deixa esquecer. Eu, bebé, com um chocalho azul e laranja na mão. Ela, com a cara e o nariz iguais aos da bruxa da Branca de Neve quando se mascarou de velhinha para lhe oferecer a maçã. Eu, de babete branco. Ela, com um só dente e um sorriso. A cozinha, com os azulejos que só conheço dali e que ainda hoje l...

Zara, põe os olhos na Mattel

Oi fãs. Pus a roupa das Barbies na máquina de lavar* e tenho a dizer que, ao contrário do que temia, as peças voltaram intactas, reluzentes, nada tingiu, nada engelhou, os mini-botões todos, as purpurinas, as missangas, os autocolantes, os estampados, as lantejoulas and so on. Tudo com quase 20 anos e tudo no sítio e em melhor estado do que muitas peças de roupa que compro...  E agora vejam a polivalência deste post, simultaneamente apropriado para um fashion blog e para um blog de mamãs, conseguindo apelar, ainda, ao sentimento do "antigamente é que era". Tanto em nada, incrível. Volto assim que der. * calma gente, sou só uma madrinha extremosa.

Pergunta:

Ainda se pode confiar em alguém?
É um instante enquanto nos tornamos pó.

Cancro

Esse cabrão.

Para 2016?

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O mesmo que pedi há um ano: que o meu corpo não me trave os pensamentos.  Living life to the fullest . Um bis deste ano que agora termina. Energia suficiente para dar tudo. Sanidade mental no meio desta loucura tão boa. Manter os pés assentes na terra quando é preciso, lembrar-me sempre que sou mortal. Ter sempre sede de aprender. Humildade para questionar. Vontade de ajudar.  E queques para oferecer.  Ontem jogámos ao quarto escuro, muitos anos depois da última vez. De repente estávamos na mansão em 2007, na "O. Palace" em 2004 ou em casa da avó da Ana em 1999. Nem sei. Sei que estes 25 me sabem a 15 e adoro (os armários não gostam tanto porque a maioria de nós ganhou peso, mas é um pormenor). Sim, tenho 25 anos e sim, continuamos a fazer videoclips de músicas pop como se tivéssemos menos 10. Sou proprietária de bens que adquiri. Tenho um trabalho de responsabilidade 9 to X (sem hora para acabar).  Estudo. Partilho. Experimento coisas novas. Recup...

Ou não me chamo Joana

Estavas toda contente com a tua eficiência não estavas? Então toma lá um briefing super exigente e vê lá se no meio da loucura do trabalho em época Pré-Natal, os novos projectos, as aulas, os outros trabalhos da Pós-Graduação e o mínimo de vida social, te safas. Pois. Faltam pouco mais de 24h para a deadline e é a primeira vez, em duas semanas, que tenho tempo para me sentar, organizar todas as ideias que tenho tido (umas boas outras nem tanto) e implementar o sumo que delas subtrair, para responder o melhor possível ao desafio. Estou tão lixada como estava em 2010 (referência a este texto ), repleta daquela sensação de: é impossível. Mas já sei que nunca é, portanto mãos à obra.