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A mostrar mensagens de novembro, 2013

Sabes que andas a mil quando...

... abres o Facebook e percebes que o teu irmão faz anos.

Deixem-se andar!

Pessoas em início de carreira, cuja experiência se resume a estágios não (ou muito mal) remunerados, que descartam a possibilidade de trabalhar na área, com contrato e a ganhar mais do que o ordenado mínimo*, só porque a oferta de emprego não é na cidade onde residem, deixam-me revoltada. É claro que há algumas justificações plausíveis como ter filhos, ter alguém doente a seu cargo, a cidade ser tão longe e tão cara que o que se ganha não chega para suportar as despesas, ser-se simplesmente rico e não estar para se chatear muito com o assunto, por aí. Agora malta com vinte e poucos anos? Sem qualquer encargo? Sem herança choruda? Preferir ficar em casa dos papás só porque a comida vai para a mesa como que por um toque de magia? Sacrificar a carreira (ou seja, uma vida) pura e simplesmente porque mudar para uma cidade que não seja capital não é cool ? O comodismo desassossega-me. Como diz a S., e bem, todos temos um prazo de validade para entrar no mercado de trabalho. Se

Leiria é fixe.

Na cidade do Lis fervilham ideias, respira-se música e fazem-se coisas das boas. A Preguiça Magazine é disto um exemplo e abre-nos a porta, todos os dias, a muitos outros exemplos que enchem (ou deviam) o país de orgulho. Numa altura em que a cultura fica cada vez mais para segundo (terceiro, milésimo, por aí...) plano, Leiria insurge-se e responde com projectos de nível: muita música e para todos os estilos, espaços cool , marcas novas, enfim, "a região de Leiria só não é um case study a nível nacional porque é um anão político em termos mediáticos" (vale a pena ler mais  aqui ). Partilhei este texto porque me identifiquei com o que li e porque acho mesmo que somos abençoados nesta "coisa" da música, mas não é só em Leiria que brotam artistas. Acho sinceramente que há muito talento em Portugal (nas mais diversas áreas) e lamento que a p*** da crise nos proíba de ir mais ao cinema, ao teatro, a concertos e a exposições. Dói-me quando entro numa livraria e

Sem nada a acrescentar:

Tenho saudades do meu amor.

Move

Esbarrei em Cansei de Ser Sexy e lembrei-me de quanto a " Beautiful Song " me deixa extasiada: por ser tão boa (eles são tão bons), por causa da letra e por me remeter a uma altura brutal da minha vida (não que as outras alturas não o tenham sido, ressalve-se). Deixei correr o álbum aleatoriamente, fui sentindo cada começo de canção com uma intensidade que não consigo transpor para palavras e lembrei-me de quando era uma miúda cool , sempre a par do panorama musical, com tempo para ter ideias geniais e para escrever bem. Não queria voltar para trás mas invejo a felicidade e a despreocupação que pairavam nessa altura. Sobretudo, invejo a liberdade que tinha de poder embarcar em aventuras e de não ligar a relógios. Era tudo tão  live to the fullest  que é impossível não sorrir ao recordar - e, nisto, começou a " Move " ( get up, get up, get up, get up, you gotta keep on moving ) e, instintivamente, selei comigo mesma o acordo de não deixar adormecer já a miúda qu

Ossos do Ofício #4

Quanto mais trabalho nesta área mais vontade tenho de sair porta fora e fazer um rally-pastelarias-confeitarias-chocolatarias-biscoitarias-gelatarias-iogurterias-casasdechá-etc-etc e provar todos os bolos, pastéis, tartes, queijadas, brigadeiros, brownies, bolas de berlim, pannacottas, croissants, gelados, folhados, bolachas, cake pops, cupcakes, muffins, travesseiros, bombons, trufas, broas doces, broas castelares, pudins, mousses, semifrios, chaussons de maçã, profiteroles, scones...

Das convicções

Convicções sim, desde que se tenha noção de que, a qualquer altura, estas podem ser abaladas, alteradas ou ultrapassadas, basta para isso que as circunstâncias mudem - e, guess what , elas mudam a todo o segundo. 23 anos volvidos e cinco bifes depois, é oficial: já não torço o nariz à carne de vaca. É claro que continuo picuinhas quanto à forma como é cozinhada, mas pode ser que um dia isto mude (não tenho grande vontade, confesso, mas sabe-se lá). E se a revelação acima espanta muita gente, a seguinte espanta muito mais. Segurem o queixo: tenho ido correr por vontade própria. Não é todos os dias, nem enormes distâncias, mas aconteceu mais do que três vezes, pelo que se torna seguro assumir que algo mudou. Falei imensas vezes por aqui do quão a minha mente achava estúpido correr "porque sim" e dos inúmeros esforços que fazia para, uma vez por ano, me arrastar por 500 metros. Correr à beira-mar ou incluído noutro desporto tudo bem, mas correr só por correr era um martír

Sobre tudo e sobre nada

Tanta gente boa que passou pelo mundo, tanto pensamento que podíamos guardar e usar como princípio e, no entanto, continuamos a escolher viver na selva. Começo a ficar assustada com o quão primitivos somos (quase todos), com o quão cegos estamos (quase todos) e com o rumo que o futuro pode tomar (para todos).

Sempre me esmerei a resolver problemas

Desta vez não vai ser diferente. Desistir não é opção, tapar os olhos/ignorar muito menos. Resta segurar o touro pelos cornos.

Dos sonhos (que temos a dormir)

Cada vez fico mais fascinada com os sonhos que tenho durante a noite. Não acredito nas interpretações que podemos ler online ou nos livros (a ser verdade, com a quantidade de vezes que já sonhei partir ou perder dentes não restaria qualquer ser vivo num raio de 50Km à minha volta), mas gostava de perceber o que é que se passa cientificamente para sonharmos o que sonhamos. Hoje, por exemplo, acordei de manhã no meio de três sonhos. Não sei se foi esta a ordem mas, numa das partes do sonho, tinha uma girafa bebé como animal de estimação que saltava para cima de mim tipo bambi, sempre com as quatro patas alinhadas (eu tinha muito medo que se partissem porque eram extremamente finas), para além de se esconder por baixo das mantas e dos tapetes como se fosse um gato (às vezes ia a andar descansada e a gaja levantava-se e começava a rastejar por baixo do tapete, fazendo-me cair imensas vezes). Noutra parte, a minha tia era seguidora e fã do Jorge Daniel no Facebook (ela nem tem Facebook

'Bora lá

Dou por mim a dizer que tenho saudades de quase tudo. Saudades de fotografar, de viajar, de namorar, da pessoa x, da pessoa y, de nadar, de ir às compras, de andar de bicicleta, de uma pizza gigante, de uma ida ao teatro, de estar com a malta numa casa de férias, de uma caipirinha bem feita, de uma suecada , dos quadradinhos de chocolate que comíamos depois do jantar, de escrever, de passar dias inteiros com a minha afilhada... Ia queixar-me que o tempo não dá para nada, que queria mesmo que os dias fossem maiores, que isto assim não chega a netos, mas travei a tempo: está na hora de conseguir encaixar mais do que um café com amigos na semana. E quem diz mais cafés, diz episódios de séries e outras quinhentas coisas. Isto de passar os dias a correr e chegar à sexta e não ver nada para além das horas que passei no trabalho é deprimente de mais para uma miúda de 23 anos.  'Bora  lá.

Quando o tamanho importa

Sabes fim-de-semana, o teu defeito é seres tão curto.

Rotina, sua filha da mãe.

Essa história de que as pessoas à sexta-feira não são produtivas não se aplica aqui à menina, que passa o dia cheia de energia, parece ela que se encharcou em  Redbull . Faz tudo com uma vontade extra, não se importa se sair um bocadinho mais tarde, vem pronta a enfrentar este mundo e o outro, ninguém a cala,  bla bla bla , mas se chega a casa e tem a triste ideia de se sentar... adeus, vegetar torna-se a palavra de ordem. Odeio de morte o efeito que a rotina tem em mim. Grr.