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A mostrar mensagens de 2014

One drop, two drops, three drops, four...*

Yap , estou viva (muito mais viva offline do que online , é certo)! O Natal foi bom, continuo cá, feliz da vida, a correr como foi o ano inteiro, a dançar como se tivesse 17 anos, a festejar como - espero e desejo - haverá de ser sempre. Paris está mesmo aí, não sei como vou enfiar tudo na mala ( the same old story ), o trabalho já acalmou, continuo com uma lista considerável de coisas obrigatórias até ao fim do ano (adoro a vida de adulta) e vinha, finalmente, partilhar uma data de coisas mas tenho os dedos congelados portanto fica outra vez para data incerta. Se não nos virmos mais, bom ano e os desejos de sempre. Beijinhos, #loveyouall *The sound of kuduro is knocking out your door. ♫ Buraka Som Sistema - Sound Of Kuduro

Planos brutais para um domingo solarengo

A prova de que mal temos parado em casa é a forma como estamos a ocupar o único dia livre: limpeza, arranjar o exaustor, fazer bombons para oferecer, passar a ferro, fazer o buço, listar as compras da semana, ir ao sótão buscar o presépio...

Massacre talibã em escola no Paquistão

Mais de 140 mortos e dezenas de feridos, na grande maioria crianças. Eu sei que este é só mais um ataque e esta é apenas mais uma notícia, a somar a tantas outras do género, mas continuo sem conseguir ignorar. Continuo a sentir-me ridícula pelas vezes em que ouso queixar-me da minha vida quase perfeita e continuo a sentir-me impotente face a esta e a todas as outras atrocidades cometidas diariamente, por este mundo fora.  [ fonte ]

Coisas mais interessantes:

Férias à vistaaaaa. <:o)

LES Report

Sinto-me bem? Sim. Estou bem? Não faço ideia. Isso assusta-me? Até ontem não. O que mudou? Precisamente nada, ou tudo, desde que a história começou. Há mudanças todos os dias, sinais de que não sou a mesma. Até ontem adaptei-me. Ontem, assustei-me. E no entanto ontem não aconteceu nada em particular. Cortei o cabelo porque continua a cair às mãos cheias. A mancha que normalmente desaparece uns minutos depois do banho ficou até me ir deitar. A pele está estranha. Nada de novo, continuo a sentir-me rato de laboratório, a acreditar que é normal porque aconteceram uma série de coisas e ninguém saberá atribuir razões específicas a nada, mas de repente assusto-me. De repente cai a ficha e não estou só doente porque os outros me lembram disso. Estou doente porque o vejo, mesmo que me sinta bem. E de repente somo todas as alterações. Tenho vontade de chorar pela primeira vez desde o início. Obrigo-me a dormir e a acordar noutro dia. Acordo tranquila mas forço-me a não seguir em frente sem

E mais?

A minha máquina fotográfica já teve melhores dias. O meu carro, lindo e fofo da dona, idem. Eu própria, como já reportei, já tive melhores dias. Mas não é um drama. É chato - no caso da gastroenterite é muito chato porque não há força nem disposição para nada e não nos é permitido pôr a vida em pausa -, mas não é o fim do mundo (se é, não é mau de todo). [De qualquer forma isto pode acalmar um bocadinho, que não me importo].

Só para agitar mais um bocadinho...

Uma bela de uma gastroenterite.

Do fim-de-semana prolongado

Já não me lembrava da sensação de querer levantar os pés numa discoteca e não conseguir fazê-lo graças à quantidade de substâncias pegajosas no chão. Para ser franca não me lembro da última vez em que estive numa discoteca (provavelmente no Verão mas nem estou a localizar) e muito menos de ter saído de uma depois das 7 da manhã. Não me lembrava, não tive saudades, mas foi bom voltar (a uma saída até de manhã, aos amigos e à cidade de Lisboa, ao meu amor). Ficava mais tempo (com ele, com eles, com quem não vi) mas o relógio não para e há muita vida (e muito frio) à minha espera, mais a norte. [Logo logo estamos em Parissss].

Furacão Dezembro

É o Natal (os presentes, a comida, a solidariedade, os jantares pessoais e profissionais e o trabalho que nesta altura duplica), a Passagem de Ano e A viagem da Verdocas Crew . São os aniversários (da mãe, da afilhada mais fofa da madrinha aka Baby I - que já não é tão baby quanto isso-, das primas, da ti Luz, do avô e do Cácá). É o fim-de-semana prolongado na minha adorada Lisboa. É o selo do carro, a revisão e a inspecção. São os óculos. O yoga. A vontade de fazer bolachas. E uma série de coisas atiradas para 2015. Até já.

Praxis

Adoro esta onda de sítios novos onde ir jantar, lanchar ou petiscar. Adoro que haja sempre um espaço novo para experimentar, mais um nome estranho da carta para desvendar, uma nova combinação de sabores para testar... O problema nesta variedade toda é que, se toda a gente for como eu, estes negócios fofinhos não sobrevivem: por muito que goste dificilmente voltarei, já que a lista de novidades é extensa e prefiro inovar a repetir (por muito que as cartas permitam variar). Sim, neste campo sou uma gaja de affairs  #nostringsattached. De vez em quando, no entanto, dão-se uns crushes  inexplicáveis e tenho mesmo de voltar. Aconteceu, por exemplo, com o  Praxis  e nem precisei da desculpa que uso nestes casos ("é tão bom, levo-te lá"): voltei exactamente com a mesma - e sempre excelente - companhia da primeira vez. Nos arredores de Coimbra, este é um restaurante com fabrico próprio e artesanal de cerveja e uns pratos de carne maravilhosos (ainda não experimentei o p

Nem tudo é um mar de rosas

Mas quase. Basta querermos. Uma questão de postura. E bem sei que não podemos controlar tudo, que nem tudo está nas nossas mãos. Bem sei que haverão sempre dias que custarão mais a passar que outros. Pessoas com as quais temos, inevitavelmente, de conviver. Bem sei que a rotina é uma seca, me adormece, me rouba a criatividade e a piada, mas também sei que sou a personagem principal no combate ao que me atormenta. Tenho a faca na mão, há que desencantar o queijo.

Das pessoas indesejáveis

Se este blog fosse anónimo e eu pudesse escrever sem qualquer tipo de filtro, neste momento estaria a desabafar o quão farta estou de determinada pessoa . Sou do tipo que dá o benefício da dúvida, dá um ou dois descontos, tenta imaginar uma série de motivos válidos para algumas atitudes, mas não tenho uma paciência de elasticidade infinita. Chega o momento em que atinjo o meu limite e cada gesto me tira do sério. Depois respiro fundo, relembro-me que determinada pessoa não merece que perca a postura e ignoro. Entre o momento em que começo a fervilhar e o minuto seguinte em que ignoro a situação, passam-me pela cabeça milhares de desaforos. Algumas pessoas próximas já os ouviram e este blog era o ideal quando estou no espaço onde tenho simultaneamente de conviver com determinada pessoa intragável e ser politicamente correcta. Era o ideal para escrever em CAPS LOCK que pessoa X é uma anormal e me apetece dar-lhe estalos para que acorde para a vida (era o ideal se não fosse púb

Isto está tão bom!

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Créditos para a Mariana, que me mostrou e para o autor do blog Por Falar Noutra Coisa . [postei no telemóvel e não me apercebi da dimensão da imagem, para consultar com zoom, aqui ]

Pronto, já passou

Nada que uma conversa no Whatsapp com as minhas Verdocas (nome de código - sim, eu sou uma adolescente e gosto) não resolva. Escolhas de outfits , ideias para a ementa da passagem de ano (sim, talvez seja cedo, mas já sei que num piscar de olhos já lá estamos e nós temos desculpa: andamos há meses a planear o reencontro), baboseiras, enfim, fazem-me falta. [Elas e toda a vida social que se anula quando passo demasiados dias especada em frente ao computador ou com as mesmas pessoas, a ter as mesmas conversas]. 

Humor de Cão

Até agora só recorri à técnica "respirar bem fundo" mas entretanto sou capaz de começar a rosnar e, quem sabe, morder. O aviso está feito [também tenho direito a dias escuros, felizmente são raros].

Random stuff

Estou completamente colada ao romance que estou a ler e nem é nada de especial (acho que estava mesmo a precisar de me evadir do mundo). Ontem voltei finalmente a ver Six Feet Under (a última vez tinha sido há dois meses e meio, tanto que nem me lembrava de qual tinha sido o último episódio) e percebi que por muito boa gestão de tempo que faça nunca conseguirei fazer tudo o que quero todas as semanas (se numa brinco com as miúdas depois do trabalho não consigo treinar; se me dedico à cozinha e à casa não sobre tempo para ver tv/séries; se leio notícias, não acompanho blogs; enfim, é humanamente impossível encaixar tudo em 24h, até porque surgem sempre imprevistos). Apercebi-me que a terceira temporada de The Newsroom já está disponível no wareztuga e fiquei triste porque, por este andar, só conseguirei ver daqui a um ano. Há uma quantidade de coisas boas que se estão a encaminhar. Deixei de pegar nas coisas do trabalho em casa. Apetece-me ser rica e comprar imensas coisas giras que

Domingo sounds like everything and more

Confesso que estava a precisar de um dia sem planos. Sem pressas, sem bicho carpinteiro e sem despertador. Com um bolo no forno, amigos e família à vez ou todos juntos, sozinha com uma chávena de cacau e um livro, de olhos fechados a dormitar. Como me desse na real gana. Exactamente como hoje. [Pena estar a acabar e amanhã ser segunda-feira. Méé.]

Jantar de Primos

Tirando a parte em que tiveram todos pena de mim e me pagaram o jantar (não sei se por ser a "doente", se por ser a mais nova ou - a justificação esfarrapada - por ter sido eu a marcar o restaurante e a falar com toda a gente), foi top. Somos lindos, não alienem estes genes com os quais tivemos a sorte de nascer e fica a promessa de que para a próxima vamos tentar marcar no "Morte Lenta" para fazer a vontade aos velhinhos e recordar o puré frio que comemos anos a fio, nos almoços de família pagos pelo ti Esquim Pereira.

Não estou a perceber!

Alguém me explica porque razão Leiria ainda não tem o seu próprio caso de Legionella? Não somos menos que os outros! #nãosebrincacomcoisasserias

A room with a view...

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... para  o Mosteiro de Alcobaça e para um mundo cheio de planos. Se tivesse conseguido reservar o hostel na Nazaré não teríamos conhecido Alcobaça, não teríamos descoberto (por sugestão, que tivemos pouco tempo para explorar e nem era essa a nossa preocupação) o Estremadura Café  (onde se come bem e bebem bons  gins , boas sidras, boas cervejas artesanais and so on ) e nem teríamos, finalmente, entendido que "quem passa por Alcobaça, não passa sem lá voltar" (doces conventuais, vocês mi aguardem! ). Alcobaça - Novembro 2014 Teria sido igualmente bom mas invariavelmente curto [porque estes fins-de-semana valem mais do que um par de botas novo e dão sentido a todas as horas de almoço solitárias].

Do amor à camisola

Gosto mesmo da empresa onde trabalho: da imagem, dos produtos que vendemos à cultura, dos colegas aos patrões e da grande maioria dos stakeholders (dos que conheço). Não gosto do edifício-sede. Odeio-o no inverno com todas as minhas forças. É frio a ponto de ser extremamente desconfortável e de nos desconcentrar. Há outras coisas que mudaria porque "não somos perfeitos" e há sempre aspectos a melhorar, mas no geral estou satisfeita e se o meu grau de satisfação num trabalho, ao longo da vida, for sempre este, então provavelmente serei uma workaholic incurável. Vesti a camisola no primeiro momento - como, aliás, visto em todas as causas a que me associo, sejam elas pagas ou de carácter voluntário. Nos últimos meses o fluxo de trabalho aumentou, nós continuamos os mesmos e tenho-me desdobrado para fazer mais. O tempo claramente não chega, já tenho uma pilha em stand-by até 2015 (iniciada antes do Verão), acabo por fazer algumas coisas em casa e andamos todos em cont

Oi LES

LES é um pronome francês (já estou a treinar para a passagem de ano, amigas) mas é, também, uma abreviatura de Lupus Eritematoso Sistémico, a doença que - agora sim, é oficial - me foi diagnosticada. Para além de ser uma doença estranha (vem sem sabermos de onde e manifesta-se de formas diferentes de paciente para paciente), as semanas de diagnóstico coincidiram com uma Mononucleose Infecciosa para a qual me administraram erradamente um antibiótico que desencadeou um "Síndrome de não-sei-quê" (um nome lindo de alguém que o descobriu, mas que agora não me lembro ao certo), que me fez ficar cheia de manchas e prurido (a palavra nova que aprendi no hospital) durante vários dias e me obrigou a levar com doses industriais de medicamentos. Este cocktail de acontecimentos não nos permite estar 100% seguros quanto ao diagnóstico pois alguns valores das análises sanguíneas continuam duvidosos. Ainda assim, é quase certo que tenha aqui um "amigo" para o resto da vida.

On fire

♫ Bloc Party - Banquet Continuo imparável. Não sei que vírus ou bactéria apanhei no hospital mas recomendo: desde que regressei que faço tudo com mais vontade (até lavar a loiça!!!), mais ânimo e sobretudo com mais atenção aos detalhes. Disponibilizo mais tempo às pessoas, dou mais atenção, voluntario-me mais, ajudo mais. Estou ainda mais eficiente - principalmente na gestão de tempo (uma das coisas que apontei como importante melhorar este ano) e farto-me de riscar itens da to do list gigante que construí nos dez dias de internamento. A parte má para me lembrar que nada é perfeito: não tenho dormido nada de jeito. Ora é do entusiasmo (um jorro de ideias que anoto desenfreadamente já que a minha memória é péssima e se não o fizer elas fogem tão inusitadamente como chegam), ora é uma espécie de ansiedade para resolver tudo (para além do trabalho que acumulei durante a baixa, a pilha não para de aumentar e é impossível não pensar em todos os assuntos, por muito que queir

Está para cair um santo do altar

A pessoa que vos escreve levantou-se da cama uma hora mais cedo, em plena segunda-feira, para ir caminhar/correr, de livre e espontânea vontade.

Tudo cheio de calor...

... e eu no escritório de casaquinho de malha. Mas não é tudo: quando tenho de ir ao armazém, ou visto mais um casaco ou congelo. E sim, estou em Portugal continental e estão 30 graus lá fora. (Agora imaginem o quão fixe é este edifício no Inverno).

E por falar em regressos...

... o meu amor voltou  ♡ . (amanhã parte outra vez, mas vamos fingir que não sabemos para não custar tanto / isto é pior do que tirar um rebuçado a uma criança / mas nunca, jamais, deixarei de o deixar voar ou permitirei que ele o faça comigo / porque correr atrás dos nossos objectivos pessoais e profissionais nos torna naquilo que admiramos um no outro / e porque em breve haveremos de conseguir encaixar melhor tudo isto).

A curtir bué

O pequeno caos no trabalho (só para dizer que estou de volta, com leucócitos de gente normal*). *O resto menos bom só sei daqui a duas semanas.

Just in case...

Amanhã faço nova recolha de sangue, vou ter o resultado de algumas análises e exames e vou, finalmente, ouvir parte (acho que alguns resultados ainda estão pendentes) da minha sentença. Tendo em conta os chinelos horríveis que a minha mãe me levou para o hospital - fui gozada, e com razão, por toda a gente - decidi deixar escrito as minhas exigências no caso do desfecho desta história se adivinhar fatal. Mantendo-me fiel a mim mesma, as exigências são poucas mas acho que farão a diferença entre algo ao meu estilo ou algo que me envergonhe. Sem mais delongas: não é preciso haver missa; o caixão tem de ser branco, de linhas direitas, sem verniz; nas flores só quero tulipas soltas, brancas e de várias cores (incluindo azul, preto e violeta); maquilhagem clean com batom e unhas da mesma cor (cor dentro do que estiver actual e que fique bem com a roupa); cabelo esticado mas não assolapado; este vestido e estes sapatos (se não ficar bem com o tom de pele desmaiado peçam ao Dino Alves

Amor com Amor se paga

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Vamos falar de certezas? Sou uma privilegiada por ter pessoas tão espectaculares à minha volta. Uma família enorme que me enche o peito de orgulho, os melhores amigos do mundo, um namorado que me enche as medidas e queques para agradecer. Estou mais eficiente que nunca. Criativa até mais não. A estadia no hospital foi de tal forma uma saída da rotina que não parei de ter ideias (se calhar também andei a alucinar com os medicamentos, quem sabe). Anotei sempre tudo. Cheguei a casa com páginas e páginas de ideias e tarefas para concretizar. Juntei-lhe tudo o que adiei nos últimos meses (algumas coisas estavam adiadas há anos sem eu me aperceber) e deu-se em mim uma explosão de 'bora lá que, juro, desconhecia possuir. Nunca fui uma inerte ou parasita (vá, no primeiro ano da faculdade andei lá próximo) mas esta histeria é de mais. Mal tenho dormido, é certo, mas numa semana de baixa (estar de baixa é tão adulto, meu Deus - não acredito em nenhum mas é a expressão que me

Ressaca

Primeiro preciso das copeiras: não se admite ter de ir à cozinha de manhã decidir, fazer e comer o pequeno-almoço - basta-me o último verbo - e também me agrada o facto de levantarem os tabuleiros portanto, investimento número 1 decidido. Depois, as enfermeiras: dispenso as medidas de tensão arterial e os cateteres mas não ter de me preocupar com as horas das drogas (24 anos a desviar-me dos químicos para agora destruir tudo, pobre corpo lindo) também é um descanso (vá, ensinem a copeira a fazer isso e poupamos um bocado $$$ - o meu lado tio patinhas nunca dorme). Por fim (para já, que o meu cérebro ainda se está a adaptar a esta nova realidade), quero isenção na conta da água (eu já lavava muito as mãos mas depois de 10 dias no mundo dos germes...), gel desinfectante em todas as divisões da casa (mania acoplada à anterior) e liberdade para poder pôr sempre toda a roupa para lavar e todas as toalhas para o chão sem ter de me preocupar se está sujo ou não. No fundo, lendo o que esc

Diário da doente #4

Já estou em casa mas sinto que me passaram uns quantos camiões por cima portanto vamos com calma. Muitaaaa calma.

Diário da doente #3

Maldita a hora em que dei o iogurte à dona Joanina. Se a tivesse deixado morrer à fome a esta hora podia dormir descansada sem estar a ouvir gemidos com catarro de dois em dois segundos ou rezas "em nome de Jesus". As "enfermeraaas" riem-se de mim porque não há mais nenhum quarto vago enquanto eu decido se encho a mulher de porrada por passar a noite a abrir a cortina que nos separa ou se me deixo ir neste caminho sem retorno que é perder a sanidade mental de vez.

Diário da doente #2

E ao sexto dia, habemus diagnóstico (um deles, vá): alergia a um antibiótico. Agora é continuar a coçar até que não me reste pele e a tomar doses industriais de químicos. Fica a faltar o diagnóstico da doença menos simpática mas desconfio que com tanto na veia não seja fácil encontrar sangue. Vamos aguardar enquanto evito armar-me naquelas velhas desconfiadas que não deixam os médicos trabalhar e vou vivendo os dramas de um hospital cujo ponto de resolução de problemas é exactamente à frente da porta do meu quarto (imensos problemas desde a auxiliar que comprou o cigarro electrónico à enfermeira que me pede a Vogue e se esconde atrás da cortina, até à doente da cama X que está toda suja ou à copeira que não levantou os tabuleiros). Uma vida agitada, esta de pessoa internada. Entre os ensaios da minha orquestra de colegas de quarto "oh meninaaaa, oh senhor enfermeiro, oh pai do céu, oh venha cá virar-me", o atender de chamadas e as sessões fotográficas em que me finj

Diário da doente #1

Vinha dizer que o melhor de estar internada era ouvir o som do altifalante que é igual ao dos aeroportos e esperar secretamente que chamem por mim que já estou atrasada para embarcar para as Ilhas Gregas mas não, o melhor são mesmo as visitas que me trazem coisas deliciosas para comer, cartões com Joaninhas, desenhos, corações, todo o tipo de revistas e jornais (ter amigos jornalistas dá jeito até quando se está com o pé para a cova) e vêm de propósito de Lisboa com uma garrafa de amêndoa amarga. Quanto à alergia, não tenho novidades: mais um diagnóstico pendente para juntar ao fofo que está desde Julho a ser "estudado". Em suma, tivesse eu wi-fi e zero comichões e isto eram umas férias de luxo (tenho uns chinelos feios e duas idosas no quarto mas vamos esquecer isso enquanto estou na sala-de-estar).

- Já alguma vez esteve internada?

- Quando nasci. Bem-vinda à segunda, agatxigibaba .

Querem saber da última?

Tenho a cara da cor de um tomate e o corpo coberto de pintas. Ah, e comichão da boa - só assim, para vos deixar cheios de inveja.

Um post de foodie no fim-de-semana em que o apetite voltou

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Continuo cheia de sono, acho que vou precisar de uma semana para recuperar (ainda que durante a mesma tenha de estar muito alerta e com muitas ideias porque estamos em época de réentrée e de avaliações e relatórios e redefinição de estratégias e merdas) mas aos poucos sinto-me voltar ao planeta Terra. Mais tolerância para o telemóvel e o PC (objectos que já não podia ver à frente dada a sensibilidade à luz), vontade de cuscar as novas colecções de roupa, de escolher o apartamento onde vamos passar uns dias magníficos em Paris lá para o fim do ano (ainda nem vos contei a viagem a Amesterdão que entretanto aconteceu há 5 meses, mas enfim, um dia vou ser uma pessoa com tempo). Já tenho vontade de me inscrever na piscina, de fazer mil coisas, mas para já é tudo muita vontade e média acção - só na vontade de dormir é que não me faço de rogada, porque enquanto não descansar vou andar irreconhecível. É certo. Bom, mas este post é sobre comida e sobre sítios giros portanto toca a ano

Update

Antes contava os dias para os fins-de-semana, as horas para abraçar quem gosto, os dias para novas viagens. Agora conto os dias para deixar de tomar o medicamento X , para começar o Y , para passar a dividir o W . Conto os dias para novas análises, novas consultas e para uma resposta que nunca mais chega. Conto as horas para ir para casa vegetar porque a única energia que me resta tem de servir para trabalhar. E de repente, no meio de tanta conta, não há nada que valha a pena contar. Cada vez mais cansada e menos motivada, a vontade de me levantar de manhã desaparece. Porque não há nada que possa fazer quando os dias tropeçam uns nos outros, o despertador toca, as contagens continuam e só saímos de casa porque temos obrigatoriamente de trabalhar (ao menos aí ainda se conta o tempo para ver acontecer outras coisas que não arrastar-me entre medicamentos e má disposição).   Antes sonhava com a hora das refeições, deliciava-me a imaginar o que teria à minha espera, fazia pedidos e ch

Adeus avó São

Tenho pensado em muita coisa. Dito pouca. Ouvido e observado bastante. Obrigada por esta família avó. Pelo exemplo de esforço e trabalho, pelo brio que punhas em tudo o que fazias. Pensaste nos pormenores todos, espero que tenha sido tudo segundo a tua vontade e espero que nunca tenhas posto em causa a tua importância, que era tanta. Tenho lembrado alguns momentos da infância. O quanto me ralhaste por não ter descascado as batatas de forma exemplar. A saia vermelha das pregas que me compraste e que custou dez contos. As papas com o café pela manhã. Aquela blusa azul e branca que a avó teve desde sempre e os sapatos que eu às vezes experimentava. O cheiro a carapau (seria sardinha, ou chicharro? Nessa altura não distinguia mas fugia fosse qual fosse o peixe em tua casa). O terço ao fim da tarde "oh Maria concebida sem pecados" e os jogos de cartas. O cheiro a tabaco da sala que me lembrava o avô. Aquelas plantas. Tu a lavar a roupa à mão. O cheiro do corredor a caminho do pát

Vamos falar de paraísos...

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... E de fins-de-semana revigorantes. Acho que o Verão acabou - "acho" porque, olhando para trás, fica a dúvivida se realmente aconteceu. Esteve sempre um tempo duvidoso ( meteorologicamente  falando), fiquei doente, o namorado não largou a tese e, de repente, estamos em Setembro com trabalho até aos fins-de-semana. Tenho saudades de sentir o sol queimar-me a pele (será que algum dia voltarei a sentir?) mas importa sublinhar que diferente não significa pior: não faltaram os  pic-nics , os re(encontros), os pés de dança e - o que eu mais gosto - as descobertas no mapa. Penedo Furado - Vila de Rei - Portugal Aldeia do Mato - Abrantes - Portugal E como até ao lavar dos cestos é vindima, vamos aguardar pelo que esta estação ainda pode dar (ainda é cedo para pensar em frio e chuva e no humor que isso deixa nas pessoas). [Rota do fim-de-semana: Praia Fluvial do Penedo Furado --> Abrantes (jantar no Restaurante Santa Isabel, copo no Aquapolis e dormida

Era isto que eu queria ouvir

"Eu bem tento guardá-la como um segredo. Mas só estou bem quando tenho a sorte de ouvi-la e vê-la e vivê-la." - MEC, sobre a mulher, em "Como é Linda a Puta da Vida".

E por falar em grandes decisões...

Já desafiei o N. para comprarmos duas destas . Só assim, porque podemos :)

A crise dos 20 e pouco

Ter um perfil no instagram recheado de fotografias em sítios in é importante mas o que está mesmo a dar são as grandes decisões. É giro viajar, comer o hambúrguer da moda ou beber o gin  mais elaborado mas a Geração Y tem sede de mais e responder ao "que é feito de ti?" com menos do que um "vou casar" começa a saber a pouco. Passa mais uma semana de trabalho. Mais cinco dias sem tempo para meter a conversa em dia, sair, fazer "coisas". Chega o fim-de-semana e o café entre amigos impera. Se não vamos falar da vida dos outros (vamos, mas o que é de mais também enjoa) é bom que haja algo interessante para dizer sobre a nossa. O nosso trabalho é entusiasmante, sim senhor, mas se não fomos promovidos nem aconteceu algo digno de destaque o tema vai esgotar-se inevitavelmente (juntemos-lhe o sigilo profissional e o assunto acaba em menos de nada). As férias já passaram. O namorado é o mesmo. Não ganhámos o Euromilhões. Dominamos cada vez menos temas da act

Filosofias matinais

Não convém apanhar sol, privilegiam-se os fins de tarde. Não se pode ir para fora, aproveitam-se as festas da(s) terra(s). Adiam-se os planos mais elaborados, sobra tempo para diminuir a lista infinita de assuntos pendentes. Tudo uma questão de perspectiva, de procurar o potencial das coisas (dos lugares e dos momentos) e de querer aproveitar o que temos. Eu tenho bastante, é impossível não reconhecer, agradecer e honrar a sorte.

Aguardar

É estranho ter um fim-de-semana prolongado pela frente e não ter qualquer plano, destino, ou ideia agendada. Alguns encontros estão apalavrados mas nada mais, já que não se pode apanhar sol, não se pode fazer desporto, convém descansar, convém não comer porcarias, enfim, convém evitar "agredir o corpo" enquanto não sei o que está a despoletar tudo isto. Aguardar é a palavra de ordem.

Sequências do fim-de-semana*

Holandês. Praia do Pedrogão. Lanheiro. Praia da Cova. Amigos. Família. Bom tempo. Amor. */ignorando o tema do momento.

No próximo post mudo de tema

No espaço de dez minutos já me ligaram três vezes da clínica onde fiz as análises. Sempre com uma voz compreensiva, sempre muito atenciosas (para além da recepcionista já me ligou a sra. que me fez a recolha para falar directamente comigo), já me enviaram os resultados por mail, já imprimiram para que leve ao médico, já me encheram de perguntas, se tomei algo, se perdi peso (yap e cabelo também), se não quero lá passar na mesma para levar logo o papel ao médico. À primeira chamada percebi que era grave. Tremi mas dei logo duas chapadas mentais a mim própria para me pôr fina (com os sintomas só podia ser grave, qual é a novidade?). Depois da segunda chamada fofinha e da terceira em que chamaram a sra. que tinha tratado de tudo comigo, percebi que me estavam mesmo a querer passar uma mensagem mas que não o queriam fazer pelo telefone. Tive vontade de rir, provavelmente para não chorar, e decidi-me a ir lá buscar os papeis a seguir ao almoço, apesar de já ter aberto o mail e de já ter vi

A vida em stand-by

Os resultados das análises que não chegam, os contornos do novo contrato que ainda não são conhecidos e todas as respostas pelas quais espero e das quais dependo. Sou pessoa de acção, estados pendentes impacientam-me porque me impedem de fazer planos - esse exercício no qual, confesso, sou viciada (o que fazer hoje, amanhã, depois, como e de que forma são coisas nas quais passo a vida a pensar - e, depois, a implementar, mesmo que na realidade não siga as minhas próprias instruções à risca). Quando há respostas que ao chegar podem comprometer tudo, deixa de ter piada pensar no que quer que seja.

O que não me dói

A cabeça, a barriga, o peito, a cara, os dentes, o cabelo e as unhas - e aqui está uma bela demonstração do quão pior isto podia ser. Dores no esqueleto todo? Impossibilidade de dormir? Zero força nas mãos a ponto de ganir de dores para rodar a chave na ignição ou de ter de chamar alguém para trocar de camisola? Por favor agatxigibaba , menos drama nessa cabeça, há pessoas que não têm, sequer, um dos membros (apesar dos teus superiores, neste momento, só servirem para teres dores sempre ajuda esteticamente, sua sortuda).

Ai que dor, Sr. Dr.

Sou uma pessoa positiva mas, e acima disso, realista. Por isso, sei que há motivos para me preocupar, apesar de tentar a todo o custo desvalorizar. Noutro campo, esta semana que agora começa será preponderante. Sim ou não e de que forma serão, finalmente, dúvidas desfeitas. Para acabar o pensamento de forma superficial, porque há sempre coisas piores neste mundo do que as minhas agonias, as férias estão no fim o que significa brancura até ao fim do Verão. Se juntar a isto a minha péssima fotogenia, aqui sim tenho razões sérias para dar um tirinho na cabecinha (tem é de ser ao fim do dia, que de manhã as dores impossibilitam o movimento de disparo).

E agora que o escaldão passou...

... está mau tempo. É justo, certo?

Ideia de génio / Como arruinar as férias

Acordar (cheguei a dormir?) depois de uma noite fortíssima de copos e ir directa (vá, antes ainda passei no café para comer um hambúrguer e beber uma coca-cola / continuar o processo de desidratação) para a praia, sem protector nem chapéu. Em minha defesa, antes de pisar o areal comprei uma água, achei mesmo que alguém ia chegar com chapéu de sol e não tencionava ficar mais do que uma hora. Ainda assim, admito que mereço o desfecho da história: sou um camarão do pescoço para baixo - tive a decência de proteger o rosto com a camisola -; besunto-me em creme de hora a hora; estou trancada em casa em vez de estar na praia a aproveitar as férias com consciência. #PARAAPRENDER [Custa ainda mais porque eu sou a pessoa que se protege sempre destas situações estúpidas.]

Lisboa, meu amor

Os dias em ti nunca chegam. É impossível reunir toda a gente, revisitar todos os locais, matar todas as saudades e experimentar todas as novidades. Prefiro viver tudo em pleno mas chateia-me que ao demorar nos teus pormenores o tempo me fuja. Digo muitas vezes que morar de novo com os meus pais foi uma agradável surpresa, que gosto muito da vida que levo em Leiria (novamente das pessoas, dos lugares, da sensação de paz e realização) e que neste momento não sinto que faça sentido mudar, mas continuo a gostar de ti como antes (e a desejar que pudesses ser ainda mais perto para te ter, a ti e aos nossos, ainda mais vezes).

Oi migos

Estou de férias :D

Sou só eu?

O fim-de-semana passou a voar como, de resto, todos os dias têm passado. Tanto faz se há muitos eventos, se quase não saio do escritório, se as notícias são boas, se são assustadoras, se saio para dançar, se ficamos a namorar, se vou dar um salto à praia ou se fico a tomar conta da afilhada mais encantadora do mundo. Passa tudo num ápice, mesmo quando estou empancada no trânsito ou são dez da manhã e imagino as 18h30. Não sei se estamos todos no mesmo barco ou se de repente fui sugada para uma realidade paralela mas o que é certo é que quando dou por mim, já passou outra semana e já passaram os marcos que tinha na agenda para daí a um mês. De loucos. E por falar em marcos, hoje começa a minha 53ª semana na empresa. Já não era altura de me espantar com a velocidade a que o tempo corre mas continuo a ficar perplexa. Um ano que parece surgir do nada e, no entanto, tem tanto lá dentro. Jesus. Alguém que acalme a máquina do tempo ou daqui a um mês estou velhinha de fral

Tou *buéda* cansada,

Mas realizada. (Quando a coisa acalmar prometo que deixo o modo twitter e regresso ao modo blog).

Fingers crossed

Não depende sempre de nós salvar o mundo - não de todos, ao mesmo tempo ou não de todos, da mesma forma. Há momentos em que só podemos aguardar e viver em suspenso, quase não viver. Viver sem fazer barulho para não acordar o resto dos fantasmas, se os há. Esperar porque quando não sabemos ou não podemos, o tempo resolve, mostra-nos o caminho, entrega pistas. Já passou algum tempo, o vento amainou e já nos deixa dormir. A tempestade ainda não passou, muito mais tempo terá de correr para podermos respirar de alívio e cair em sonos profundos mas, para já, estamos serenos (e a dar luta).

Inspira, expira.

Que se lixe o Alive ou os riscos que um qualquer fugitivo me fez no carro. Que se lixem as calças que comprei e que estão estragadas sem nunca as ter usado e que se lixe o facto de preverem chuva para o sábado em que conto festejar o meu aniversário. O que é tudo isto comparado com a notícia de hoje? Começo seriamente a temer o amanhã.

F*da-se!

Esgotaram os passes de 3 dias para o Alive. What's next?

Vinha dizer um palavrão

Entretanto, ocorreu-me que isto ainda pode piorar e resolvi remeter-me, novamente, ao silêncio. Por momentos achei que esta seria a cereja no topo do bolo de angústias dos últimos dias, mas se calhar é só a base e o bolo ainda nem sequer foi para o forno, portanto...

A arte de bem receber

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Bastava-nos que abrissem a porta de sorriso na cara. Em vez disso - ou, para além disso - prepararam-nos uma "suite", tivemos direito a  welcome drink  e ainda nos fizeram o jantar. Só porque sim - ou só porque são naturalmente espectaculares. Quando, na manhã seguinte, ouvimos falar em panquecas, estávamos longe de imaginar o mega brunch que nos esperava. Surreal. Quem é que acorda mais cedo, estando doente, para ir às compras, cozinhar e preparar uma mesa repleta? Quem é que se dá a este trabalho sem qualquer objectivo senão o de receber bem os amigos? Vilamoura - Maio 2014 Obrigada! Pela recepção, pelo companhia e pela inspiração. #youreawesome

Time Out Mercado da Ribeira

O mercado deixou de ser um sítio de passagem obrigatória para turistas para passar a ser um sítio de paragem obrigatória para todos os que gostam de um bom petisco, de um bom vinho, de uma boa conversa ou de um bom pé de dança. A parte dos frescos mantém-se, agora renascida, e os comerciantes agradecem a lufada de ar fresco. Não são os únicos: ganha a cidade, ganham os visitantes, ganham os antigos e os novos negociantes. Arranjem mais mesas e bancos, tragam o gelado-de-limão-bom da Santini de volta, continuem a inventar e reinventar pratos e petiscos, que nós faremos o que nos compete: aparecer. No Mercado da Ribeira, no de Campo de Ourique, no do Bom Sucesso e nos outros que, entretanto, (re) surjam pelo resto do país, faremos questão de apoiar, de experimentar e de ir ficando até o relógio deixar. Eu sei que é o slogan de um banco, mas não deixa de ser verdade: com boas ideias, ganhamos todos. E porque os bons projectos só fazem sentido se aplaudidos e partilhados

Conselho de Bruno Aleixo:

Nunca comas gelado de limão no Santini, excepto se fores fã de granizados e não de gelados: é só gelo com gotas ou aroma a detergente da loiça.

Maggie

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Linda, impossível de fotografar (só está quieta a dormir), mimalha e inteligente (usou logo a caixa da areia). O nosso novo amor.

Portugal, melhor destino Europeu*

   O meu deslumbramento por Portugal já não é novidade. Ainda não conheço a Europa toda, nem perto (segundo o Trip Advisor só conheço 6% do mundo), mas acredito que será difícil bater a combinação das praias (das selvagens às sempre cheias, das de ondas inexistentes às de mar bravo) com a serra e a neve, as cidades cosmopolitas, as aldeias, o campo, a gastronomia, o vinho, a diversidade das nossas ilhas (que não conheço à excepção das Berlengas mas que anseio conhecer em breve), o sol, a possibilidade de praticar quase todos os desportos, os centros históricos, os azulejos, o fado e a arte urbana, as feiras, os bailaricos de verão (e os santos populares), os festivais de música, os museus, os casinos e até as "meninas".    Duvido que venha a desgostar de algum país no mundo - acho que o mais certo é dizer que sou uma deslumbrada por este planeta, ainda que o raio possa vir a estender-se a todo o Sistema Solar, que nisto da vida e dos lugares só não me vou fascinar com o

Meteo, seu brincalhão

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Calor toda a semana, inclusive sábado (dia de evento na empresa e, portanto, dia de trabalho). Chuva na semana do feriado/mini-férias. Ok...

Update

   Estou viva e, com muita pena minha, não ganhei o Euromilhões (até porque não jogo, acho uma seca esperar pelos resultados, mas se é para sonhar, posso bem sonhar que encontro um papel sorteado ou que alguém muito próximo de mim ganha e me oferece uns trocos, assim sem me chatear nada). Ainda assim, ganhei 5€ numa raspadinha (o meu maior prémio desde que sou eu a pagar raspadinhas ), portanto estou numa enorme felicidade (até porque foi investido em gelado).     Como o dinheiro não é tudo, continuo extremamente satisfeita com a minha vida - mudava três coisas em vidas alheias para sermos todos mais felizes mas, no que me compete, está tudo no lugar certo (depois de dizer isto encolho-me e fico à espera que me aconteça algo de mal, que tenho íman para a ironia da vida).    Continuo abismada com a velocidade a que o tempo passa. Dá para aproveitar bem todos os momentos mas quando dou por mim passou outra semana. Assim, num abrir e fechar de olhos. Para dar uma ideia, ontem abri

Factos

O Dr. Why proporciona-nos sempre bons serões. A Feira de Maio já começou. A Petisqueira já abriu. Os gelados da Emanha continuam a ser uma perdição. A minha avó foi a pessoa com mais visitas no Dia da Mãe. A minha mãe, a propósito, é a minha heroína. Preciso urgentemente de me apaixonar por um par de sandálias. Já só penso no Algarve. A Raquel não me falha. Tenho de reduzir na manteiga. O meu coração é dele. Quero muito ir aos três dias do Alive . Tenho saudades do Rum. Sinto-me propensa ao vício das raspadinhas. Continuo a suspirar pelo Euromilhões . Amanhã é segunda-feira.

Vim só dizer

Que este mês ainda falta o feriado municipal. Uh-uh.

Equação para correr =

Sair a horas decentes do trabalho + não estar a chover + ser dia de lavar o cabelo

A língua portuguesa é linda #1

Obrigada universo que me fizeste nascer portuguesa e conhecer palavras como arcaboiço, chalupa e soquete (tenho especial apreço por adaptações de palavras francesas terminadas em "ete").

Se calhar fritei mesmo em Amesterdão

Acabei de deixar que me fizessem o corte de cabelo mais curto dos últimos 19 anos*. #youonlyliveonce *vá, só está acima dos ombros.

A viagem que o meu instagram não registou

Ou as coisas que me acontecem. Passei a manhã daquele dia com o pressentimento de que nos estava para acontecer algo estúpido, que nos impediria de embarcar ou nos faria gastar dinheiro em algo que não estávamos a contar (bagagem com excesso de peso, erro nos nomes da reserva, cartões do cidadão fora da validade, por aí...). Talvez esse pressentimento se devesse ao facto de estar a trabalhar e só ter duas hora para passar no banco, fazer a mala, almoçar, fazer o check-in de regresso, imprimir tudo e arrancar para o aeroporto. Talvez se devesse ao facto de não ter sido eu a tratar da viagem e não ter qualquer conhecimento sobre os detalhes da mesma. Não sei, sei que quando eles chegaram estava a imprimir os boarding passes , tinha tudo tratado, acabara de publicar o post anterior e a sensação de nos faltar qualquer coisa tinha, finalmente, acalmado. Ainda assim, resolvi partilhar o meu pressentimento enquanto pegava nas folhas recém impressas com a mesma mão em que tinha um saco,

Está um belo dia...

... Para me encher de casacos e embarcar para Amesterdão. Doei (até logo, segundo o Google Tradutor)!

Obrigada, Silence 4

Levava as expectativas nos píncaros e, mesmo assim, foram superadas. O concerto foi absolutamente irrepreensível - no alinhamento, na decoração, ao nível do som, imagem e vídeo, no comportamento da plateia, nas vozes, na postura, na linguagem corporal, nas conversas entre músicas, em tudo - e só me resta agradecer: obrigada por me terem permitido ver-vos, pelo vosso contributo na música, pelas letras geniais, pelo friozinho na barriga, pela lágrima no canto do olho, por serem banda sonora em tantos momentos... Silence 4, vocês são enormes!

Fazes muito mais que o sol

A forma dos teus braços sobre os meus, o tempo dos meus olhos sobre os teus. [Tiago Bettencourt]

In your face, Marquito!

Desde que nos conhecemos que ele tenta boicotar o meu trabalho. Acredito que não seja nada pessoal mas dado que a comunicação que faço traz novos clientes e novos clientes significam mais trabalho para todos, sou claramente o alvo a abater. Por minha causa, vejam bem, os telefones tocam mais e há mais e-mails para ler. E se isto, à primeira vista, parece positivo porque entre uns contactos e outros se fazem umas vendas que, adivinhe-se, ajudam a sustentar a empresa, ao olhar afiado do Marquito isto não passa de uma grandessíssima dor de cabeça. Clientes novos são a pior raça que pode existir e ele explica porquê. Se o cliente é novo não deve querer muita coisa. Se acontecer querer muita coisa, é para descobrir a origem dos produtos e ir comprar directamente aos nossos fornecedores. Se, por obra do acaso repetir a compra, é única e exclusivamente porque está enrascado e não encontrou mesmo noutro sítio. Aprendam! Um cliente novo, desconhecido, que chegue até vós por causa de um

Em jeito corrido

Escrever no blog é o único objectivo que não estou a conseguir cumprir neste momento. Claro que cumprir tudo o resto me deixa satisfeita mas entristece-me saber que, mais dia menos dia, tudo o que vivi nos últimos tempos se dissipará no buraco negro da minha memória. Em jeito corrido - que a capacidade de escrever melhor anda algures adormecida (espero que não esteja morta) - e sem qualquer ordem cronológica, gosto cada vez mais de morar no campo e cada vez mais de Leiria; está tudo a fazer estágio profissional (eu incluída) e de repente parece que todos encontraram o seu caminho mas temo que este boom acabe depressa e, no fim dos contratos, sejamos todos substituídos por novos estagiários; estou a adorar a veia criativa que os portugueses têm demonstrado e os espaços e ideias de negócio que têm surgido; quase todos os dias desejo ganhar o Euromilhões, que não me faz exactamente falta mas seria uma ajuda interessante (provavelmente, viciada em planos e orçamentos como estou, não cheg

3 em 1

A prova de que existe gente mais atabalhoada do que eu na cozinha. Uma data de receitas com um aspecto delicioso e perfeitas para pessoas básicas como eu. Um portal brutal , com curiosidades sobre uma série de coisas, entre elas dois dos meus amores: viagens e comida (aconselho a versão em inglês). Não digam que vão daqui :)

Alô viajantes

Soltem a vossa sapiência e digam-me o que ver, fazer, comer, aprender ou não me meter, em Amesterdão (Holanda). Dicas, bons achados, percursos originais, alertas, enfim, tudo o que se lembrarem. Nós os onze (somos mesmo mais que as mães) agradecemos.

Do meu pai

Podia escrever um livro sobre tudo o que gostaria de mudar nele, para o seu e nosso bem. Encheria centenas de páginas para enumerar todas as manias, todos os defeitos e tudo o que me irrita. Sublinharia as desilusões dos últimos anos mas acabaria por recuar lá para trás para agradecer o investimento e atenção que me dedicou em miúda. A música, as cores, a fala irrepreensível, os desenhos, as letras e a escrita. Abriu-me horizontes, nunca deixou de me explicar nada por ser demasiado nova, foi sempre transparente e chegou mesmo a ser o melhor do mundo - de forma tão genuína que me dói ver tudo isso perdido no tempo.

O mundo devia ouvir-me mais vezes

A semana passada disse: "as marcas eram inteligentes se fizessem product placement no cenário inclinado" [Vale Tudo, SIC]. Esta semana, ligo a TV e temos uma peixaria do Intermarche (e a prova que me faz falta quando me ponho em causa e me encho de dúvidas sobre se compreendo realmente o mercado, as marcas e o que se está a passar à nossa volta). No fundo, um empurrãozinho na motivação para aqueles dias em que identifico oportunidades e, depois, as vejo serem ignoradas (ou as ignoro, por ordens superiores). 

Por fim, Veneza

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Província: Venezia | Região: Veneto | País: Italia Todas as imagens: Veneza, Itália - Fevereiro 2013 . Sim, Veneza é tão bonita quanto dizem: as cores não fogem às promessas dos postais, a dose de arte está lá toda e, surpresa, a sensação de sermos assoberbados pela cidade não é canção de engate, sente-se mesmo. Mesmo infinitamente explorada, Veneza mantém virgens pormenores aos quais não se resiste. As ruas estreitas, os becos que terminam em canais, os detalhes arquitectónicos, o decadente sedutor, as escadinhas, as pontes, os recantos... um regalo. ♡ Percorremos tudo a pé à excepção do passeio de barco no  Grand Canal  que nos permitiu ver parte da província por outra perspectiva, assistimos ao pôr-do-sol, tirámos fotografias com algumas pessoas incrivelmente mascaradas, bebemos os nossos spritz (que saudades) e andámos, na maior parte do tempo, perdidos. Já disse que é só ruas, ruelas, pontes, escadas, praças, canais? Pronto, não vale a pena perder dema

E já que estamos numa de dias da semana*

As terça-feiras são o pior dia. A pica do fim-de-semana que ainda vem colada a nós à segunda-feira já desapareceu e é o desespero quando percebemos que ainda faltam quatro dias para o próximo fim-de-semana. *Ou, por outras palavras, já que o meu cérebro não me deixa transformar assuntos mais profundos em texto, mais uma dose de trivialidades.

Avé sexta-feira

O dia da semana em que, como que por magia, tudo se torna muito mais tolerável.

Sábado

Escrever na cama. Não pensar senão no sumo que vou beber quando me levantar. Deixar que paire a ideia de ir correr caso abra os estores e não esteja a chover. Deixar que paire a ideia de arrumar umas coisas. Não deixar que nenhuma destas e das outras que passam levemente se tornem pesadas, obrigações, decisões. Estar por minha conta e querer continuar nesse prazer. Abrir possibilidades sem que isso signifique traçar um rumo. Preocupar-me única e exclusivamente com o lugar onde vamos lanchar logo à tarde. Perder-me no vento porque é sábado.

Inspira, expira

Universo, já percebi que me estás a tentar enviar uma mensagem e estou receptiva, só agradecia que fosses mais directo porque esta história de me pores à prova constantemente só me está a baralhar. Sabes que estou aberta à mudança e a melhorar (-me a mim e ao que me rodeia), mas sem pistas concretas fica difícil concentrar-me (o que acaba por atrair ainda mais desgraças).

Dos lugares que hão de ser sempre nossos

Não tinha dado conta das saudades que já tinha da 'minha alegre' ex-casinha, ainda que não goste desta coisa do ex, que parece que encerra no passado algo que sim, está no passado mas que não, não gosto de imaginar numa caixa trancado. Dito assim talvez pareça confuso mas isto não é mais do que um obrigada gigante a esta cidade que será sempre a mais bonita do mundo. Mesmo que não sinta exactamente a tua falta porque estou feliz e entretida nas voltas inesperadas que a minha vida deu, gosto de ti Lisboa. E sabe sempre bem voltar (tão bem).

Domingo, 9h35

Ontem calhou em conversa o facto de não precisar de dormir muito quando bebo álcool e de acordar sempre cheia de energia. Hoje, é isto.

Das duas, uma - ou como é bom viver no campo.

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Acordar e ouvir os pássaros (em dias de sol como o de hoje), estar a dez quilómetros da praia, a quinze do centro da cidade e a escassos metros do campo no seu estado mais puro. Das duas, uma: ou sou muito fácil de agradar ou vivo num lugar abençoado.

Dia Mundial da Rádio

Há muitas histórias boas para contar mas marcou-me especialmente aquela noite em que cheguei a casa destroçada, por obra de infortúnios da vida, escrevi o programa, mal consegui comer e, mais tarde, mal preguei olho. Marcou-me essa noite e a indisposição com que me levantei na madrugada seguinte porque o que estava a sentir era fruto de um marco muito pior. Sei exactamente os passos que dei desde o pequeno-almoço ao autocarro e, mais tarde, no comboio. Sei exactamente porque tudo o que fiz, nessa manhã até chegar à rádio, foi extremamente doloroso. Aquilo que normalmente eram birras matinais - levantar-me antes das oito sempre foi um suplício - era, naquele dia, o resultado de mim em piloto automático. Estava em choque com o que tinha acontecido na noite antes, não sabia como o digerir e, no entanto, a vida continuava e eu tinha de responder às minhas responsabilidades, como se elas valessem alguma coisa face ao que havia acontecido. Fui para a rádio. Entrei no estúdio e fizemos um do