Afinal, sei cozinhar
Uma vez, a minha mãe ensinou-me a fazer arroz e eu não quis aprender mais nada: era o suficiente para almoçar quando tinha tarde livre (arroz branco com carne do dia anterior ou arroz com atum e maionese... fácil). Já me tinha ensinado, ainda mais cedo, a estrelar ovos , mas as aulas não foram além disso. Tentou por diversas vezes introduzir-me noutras iguarias mas, para sua grande tristeza, eu nunca deixei (estando, a seu ver, a preparar-me para ser a vergonha da família, aquela em que todas as mulheres cozinham de forma exímia). Cheguei a ponderar ouvi-la, mas não, não tinha qualquer apetite (e aptidão, julgava eu) para pegar nos tachos e panelas, pelo que me esquivava sempre - até ponto cruz ela me conseguiu ensinar e cozinhar, nada! Como sou gulosa, tive vontade de aprender a fazer crepes e, mais tarde, aventurei-me no bolo de iogurte. Feliz com o resultado, fiquei-me por aí . Ainda tentei pudim - que nunca correu na perfeição - e gelatina, que é tão...