Diário da doente #1
Vinha dizer que o melhor de estar internada era ouvir o som do altifalante que é igual ao dos aeroportos e esperar secretamente que chamem por mim que já estou atrasada para embarcar para as Ilhas Gregas mas não, o melhor são mesmo as visitas que me trazem coisas deliciosas para comer, cartões com Joaninhas, desenhos, corações, todo o tipo de revistas e jornais (ter amigos jornalistas dá jeito até quando se está com o pé para a cova) e vêm de propósito de Lisboa com uma garrafa de amêndoa amarga. Quanto à alergia, não tenho novidades: mais um diagnóstico pendente para juntar ao fofo que está desde Julho a ser "estudado". Em suma, tivesse eu wi-fi e zero comichões e isto eram umas férias de luxo (tenho uns chinelos feios e duas idosas no quarto mas vamos esquecer isso enquanto estou na sala-de-estar).