Gosto de futebol
Há anos que não sigo o campeonato porque o tempo não dá para tudo e, como não aprecio gastar o que sobra em frente à televisão, acabei por desligar. Apesar disso, gosto quando me decido (de ano a ano) a ver um jogo alapada no sofá e gosto ainda mais quando o jogo é decisivo e se troca o sofá pelo café. Como boa portuguesa que sou, vibro e paro para assistir a todos os jogos em altura de europeus e mundiais e, espero que não se espantem, também gosto de jogar.
Cresci com o meu primo e habituei-me cedo a que bola ou carritos fossem tão presentes como as barbies. Sorte das sortes, com as minhas amigas passava-se o mesmo: como tinham irmãos mais velhos, nenhuma era demasiado "cor-de-rosa", o que nos permitiu desde sempre o dobro das aventuras e lugar garantido nas equipas à hora do recreio.
Apesar de jogar à bola quase todos os dias desde os sete, oito anos, foi no 4º ano que a febre do futebol se apoderou de mim e me revelei uma sportinguista empenhada (sejam originais nos comentários, vá), motivada pelo excelente campeonato que o Sporting estava a fazer nessa época. Fomos campeões (1999/2000)! A euforia foi tal que o professor Vítor encomendou um bolo na pastelaria e os do Benfica foram os últimos a comer, ahaha - bullying, o que é isso?
Nesse mesmo ano, entrámos para o 5º e provavelmente respondemos em coro que o nosso desporto preferido era o futebol, quando a professora de educação física perguntou na primeira aula. Digo provavelmente porque não me lembro bem das circunstâncias em que começámos, olho para trás e já nos vejo na equipa.
Foram cinco anos. Cinco anos de vitórias e abadas, de jogos às quartas-feiras à tarde, de viagens até outras escolas e de um sem número de episódios memoráveis, em que só excluo a vez em que levei uma bolada na barriga - chutada por uma daquelas jogadoras típicas de futsal que tem o dobro do corpo e do peso de uma rapariga comum - e fiquei asfixiada, a ver a vida passar-me à frente.
Foram tempos do caraças. Ficaram para trás, como tudo na vida vai ficando, e nem notava a sua falta se não tivesse ido ver um jogo do namorado no sábado. Ahh, que saudades assim que entrei no pavilhão e respirei aquele ar tão característico (não, não estou a falar do suor, essa parte dispenso). Saudades do aquecimento, dos cânticos, do correr até à exaustão sem que isso seja penoso (quando vou correr sozinha é tão penoso), das tácticas a que dávamos nomes de código como "coca-cola" ou "seven up", do aparecer ao segundo poste, das revoltas contra os árbitros que regra geral roubavam para a equipa da casa, enfim, muitas saudades do prazer de fazer desporto. Mesmo muitas.
O primeiro parágrafo poderia ter sido escrito por mim. :)
ResponderEliminarEu adoro futebol embora ande desiludida com o meu Benfas e com a forma de pensar daquela gente!
ResponderEliminarNunca fui fã do futebol em si mas concordo plenamente com a parte do não ser assim tão "cor-de-rosa". Viva as Marias-rapaz! :)
ResponderEliminarGostava de não apreciar tanto o futebol, as duas últimas épocas do meu clube deram-me enormes tristezas...sofrer pelo clube é muito lixado, porque mesmo que se queira deixar para trás o mesmo, está tão presente no pensamento que não se consegue....
ResponderEliminarAhahah eu era do Sporting na primária e por isso assisti à fase do Jardel, à fase de campeões e tal... também tive um primo que morava bem por baixo da minha casa, o que fez com que também gostasse muito de bolo e na primária jogava sempre com os rapazes e outra rapariga, adorava! Entretanto o meu primo passou para o benfica e eu claro, também! (miúdos) Agora não ligo tanto a futebol, mas gosto de ver os jogos da selecção nacional! (e de ver o Miguel Veloso quando não tem ideias mirabolantes de levar o cabelo colado à testa ahahah)
ResponderEliminarBeijinhos ;)