Dos sonhos (que temos a dormir)

Cada vez fico mais fascinada com os sonhos que tenho durante a noite. Não acredito nas interpretações que podemos ler online ou nos livros (a ser verdade, com a quantidade de vezes que já sonhei partir ou perder dentes não restaria qualquer ser vivo num raio de 50Km à minha volta), mas gostava de perceber o que é que se passa cientificamente para sonharmos o que sonhamos.

Hoje, por exemplo, acordei de manhã no meio de três sonhos. Não sei se foi esta a ordem mas, numa das partes do sonho, tinha uma girafa bebé como animal de estimação que saltava para cima de mim tipo bambi, sempre com as quatro patas alinhadas (eu tinha muito medo que se partissem porque eram extremamente finas), para além de se esconder por baixo das mantas e dos tapetes como se fosse um gato (às vezes ia a andar descansada e a gaja levantava-se e começava a rastejar por baixo do tapete, fazendo-me cair imensas vezes). Noutra parte, a minha tia era seguidora e fã do Jorge Daniel no Facebook (ela nem tem Facebook, mas tudo bem) e noutra, recebi um rapaz para jantar no meu restaurante na praia (cuja entrada era nas bancadas de madeira dos campos de andebol) que não vejo há imenso tempo e com quem não tenho, nem nunca desejei secretamente ter, qualquer ligação (conheço na vida real por ser amigo de amigos). Por fim, o meu irmão teve um 19,3 na escola, veio contar-nos no momento em que falaram de emigrantes e a minha tia fez uma piada sobre o Jorge Daniel - e, nisto, já estávamos à porta do meu restaurante imaginário, onde alguém pergunta para que serve a areia da praia e o meu irmão responde "para enterrar cigarros".

É uma mistura parva, com tanto de real como de absurdo, mas fico na dúvida se o critério é a aleatoriedade ou se há motivos para a sequência de acontecimentos, mesmo que o meu consciente não os veja. Há por aí entendidos na matéria?