Empregada, precisa-se!

   Nunca gostei da ideia de ter empregados em casa. Estorvam, mexem nas coisas, fazem com que não nos possamos "sentir em casa", sei lá, são empregados, não são família nem amigos, há que manter uma certa postura (e paciência, para tentar compreender que têm de mexer nas coisas para as limpar - ainda que me lembre bem de ter uma empregada que me redecorava o quarto todos os sábados e eu, depois de ela ir embora, tinha sempre de voltar a colocar tudo ao meu gosto, o que me irritava profundamente).
   De modo que decidi, ainda em criança, que não ia querer empregados. É claro que agora que moro sozinha e a louça se acumula me passa pela cabeça ter alguém que o fizesse numas horitas mas, senhores, o que eu gostava mesmo de ter, era uma empregada para as "coisas chatas"*! Ahh, tão feliz que eu era!

* Leia-se: coisas que não matam ninguém em dias em que não temos nada que fazer e só queremos um pretexto para sair de casa, mas que matam - e muito - em dias - que são os de quase sempre - em que fazer o que está na agenda já é, por si só, uma missão impossível. Mais concretamente, falo de ir aos correios (uma hora na fila e depois tinha-me esquecido de uma parte da morada - bem, Joana!!), ir à farmácia (15 minutos de espera para 'o que pretende está esgotado'), ir ao supermercado (mas como tinha de passar novamente no correio e noutra farmácia, ter de ir a pé e demorar ainda mais), ir ao médico (e ai há sempre fila de espera, principalmente quando não têm troco e resolvem reter-te na tesouraria), ir às finanças (depois destas anedotas todas, decidi adiar esta visita para a próxima semana), etc.

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