Porta-Tazos #3 - Convites de Aniversário

   No fim do mês vou regressar a casa dos meus pais. Depois de 5 anos fora pode tornar-se complicado, mas para já ando ocupada com coisas mais interessantes - este fim-de-semana, por exemplo, ando em arrumações no quarto de criança/adolescente, à procura de espaço para enfiar tudo o que tenho na minha casa actual. No meio de imensas pérolas, desencantei isto:


   Pois é, pois é, os belos convites de aniversário. Isto ainda se faz? De casamentos sei que sim, mas o resto das festividades para que sou convidada chegam até mim via Facebook, e-mail, SMS e, raras vezes, chamada telefónica.
   Ok que já não ando na primária, mas os putos de hoje já todos têm telemóvel e/ou Magalhães, aposto que o mágico papel se perdeu e, daqui a uns anos não vão poder olhar para trás e lembrar-se a que festas foram e quem era o amigo mais original (ou com mais ajuda dos pais para manusear o Paint e o Word). É uma pena mas, analisando bem, há vantagens na tecnologia: gasta-se menos papel e tinta (o ambiente e a carteira agradecem) e não se faz bullying directo (todos nos lembramos de episódios em que alguém não foi convidado e foi directo a fazer queixinhas ao professor - há uma miúda dessas que ainda hoje é uma ranhosa, há mesmo coisas para as quais estamos talhados desde cedo).

   E já que falamos em convites, uma nota para duas festas de aniversário que eram sempre bestiais (não que as outras não fossem, porque eram e eu ficava sempre triste quando era das primeiras a vir embora ou quando o meu pai se atrasava horas a ir levar-me, mas estas duas desenrolavam-se sempre de forma semelhante e, mesmo assim, eram brutais): as festas do J.S. em que íamos almoçar primeiro à pizzaria (os pais dele levavam-nos 7 ou 8 dentro do carro, o mundo era um lugar seguro e também eram só 3 minutos de viagem) e nos entupíamos de coca-cola, para depois passarmos a tarde a correr pelo seu pátio, entre jogos comuns e outros mais incomuns (tipo trepar umas invenções dos rapazes para conseguirmos aceder ao clube secreto); e as festas da M. onde o auge se dava sempre que decidíamos fazer competições a descer as escadas de cu (e não, não era no corrimão, era mesmo nos degraus, quais nódoas negras quais quê - a propósito, eu em criança dizia sempre "amora negra", em vez de "nódoa") e se instalava o pânico quando tinha de atravessar o jardim e encontrar os seus dois huskies (e nem me digam que são cães fofinhos, porque são enormes e eu cá não gosto de intimidades com tipos desses).

Comentários

  1. Acho que os pequeninos de hoje em dia ainda mandam convites aos amiguinhos. Eu adorava sempre as festas de uma colega minha que a mãe dela fazia bolos fantásticos e ela tinha imensas barbies para brincarmos :p
    E os huskies são lindos e conseguem ter os seus momentos fofinhos :p

    ResponderEliminar
  2. HEHE eu mandava convites e também em arrumações encontrei muitos de amiguinhos da escola primaria!
    É dificil regressar a casa em certos aspectos (eu que o diga, depois de 4 anos fora) há coisas que nos tiram do sério, mas tb há outras boas!
    É mesmo assim!

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  3. Eu nunca guardo essas coisas :)

    ResponderEliminar
  4. Ohh, eu gostava tanto quando os meus colegas distribuiam os seus convites de aniversário... era sempre tão divertido receber um ^^' oh, adorava festas de aniversário. Porém nunca pôde distribuir os meus... fazer anos no dia de natal tem as suas desvantagens :)

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Porta-Tazos #1 - Viva a nossa camionete!

Do Martim Moniz ao Castelo