Não sou a Madre Teresa de Calcutá

   Sabem aquela velha máxima que diz que se nos esforçarmos e dedicarmos a 100%, temos o retorno esperado? Não é bem assim e a excepção a esta regra acontece quando entramos no domínio das Ciências Sociais.
   Simplificando: se eu me esforçar muito (e bem, não é com a cabeça no ar), o resultado dos exercícios de Matemática será o correcto; o crescimento da planta que tenho alimentado, é certo; a perfeição de um cozinhado, quando exposto à temperatura e ao tempo ideal, não admira; e, em suma, coisas bem feitas alcançam resultados ansiados.
   Contudo, deliberou alguém (ou alguma partícula) que as pessoas teriam cabeça e coração, pelo que a linearidade desta regra se perde assim que aplicada às relações pessoais. Podemos fazer tudo como era de esperar, dar todos os tratamentos ao outro que devíamos dar e ainda assim levar um chapadão.

   Qual é a nossa vontade? Entre chorar e esbofetear quem destrói em segundos aquilo que fizemos questão de fazer perfeitinho, há a opção de virar costas. Não resolve, mas ajuda a prevenir agressões.
   Basicamente, é assim que se formam pessoas frias: pega-se na dedicação sincera de alguém e ou se ignora, ou se espezinha. Ai gente, tenham cuidado na maneira como tratam os outros, andamos a criar monstros (e eu estou para aqui a falar, mas não tenho paciência para injustiças, portanto podem bem contar comigo a espingardear se interpretam mal as minhas acções - ou se as interpretam bem e reconhecem a minha prestação, mas mesmo assim atiram, porque eu sou a "tá-se bem").
   Admito que até sou a "tá-se bem", como muitos devem ser, mas não sou mãe de ninguém - e é um pequeno limite que devemos estabelecer connosco e com aquilo que fazemos pelo bem e segurança dos outros.

Comentários

  1. Concordo com tudo o que disseste. Tens aqui um excelente post e uma escrita invejável.
    Desta vez, esta relação pessoal a que te propões quando aqui escreves, está a ser bem recebida e percebida com a perfeição que lhe aplicas.
    Parabéns! :D

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