Dos livros que leio / "Tudo Por Amor"

   Sempre gostei de ler, desde as caixas de cereais ao pequeno-almoço às revistas na sala de espera do dentista. Quanto a escolhas, sou pouco exigente: baseio-me no que encontro nas estantes ou nos empréstimos sugeridos por amigos. É certo que me sujeito a não gostar, mas se isso acontecer a solução é fácil: não terminar.
   Há livros que leio e pronto. Há outros onde encontro passagens que, de alguma forma, me dizem mais para além do prazer de ler uma boa história - por exemplo, o mais recente, "Tudo Por Amor" de Jodi Picoult, que aconselho (o amor a que o título se refere é ao de uma mãe por um filho).

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"Afinal, a vida continua. Não existe nenhuma regra cósmica que nos conceda imunidade aos detalhes só porque nos deparámos com uma catástrofe."

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"Fomos suficientemente ingénuos para pensar que éramos invencíveis; que podíamos correr às cegas pelas curvas perigosas da vida a velocidades traiçoeiras sem nunca nos despenharmos."

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"Afinal, conseguimos permanecer funcionais enquanto o nosso coração está desfeito aos bocados. O sangue circula, o ar flui, os neurónios disparam."

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"A justificação é uma coisa extraordinária - agarra em todas aquelas linhas nítidas e esborrata-as, de forma que a honra se torna tão flexível como um salgueiro, e a ética rebenta como bolhas de sabão".



   Não escolher o que leio pode revelar-se desastroso, mas até lá leva-me a descobrir autores e tipos de escrita; a ler histórias para as quais não teria qualquer tendência; a aprender sobre temas que, por vontade própria, dificilmente se tornariam meus íntimos; e a conhecer locais e perspectivas para os quais nunca penderia. Gosto da surpresa da vida. É isso.

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