Férias? Não, obrigada.

Segunda-feira, mês novo e o Verão a escorregar-me pelos dedos. Aproveitei sofregamente os fins-de-semana, o passado até teve mais um dia, mas ficaram a faltar dias de desconexão total. Dias cujo nome não importa, em que o despertador não toca e o relógio tira folga. Dias em que se veste, diz e vive exactamente o que se quer sem protocolos, regras e imposições - algo a que vulgarmente se chamam férias.

Não me posso queixar só porque em vez de dias tive momentos. Queria mais, claro que queria, mas não tive de menos. Estive inteira em todos os mergulhos, alambazei-me em todos os petiscos, acelerei ao máximo a mota de água, dei cabo dos braços no kayak, dei cabo do rabo na bicicleta, deslumbrei-me com a Serra de Sintra, brinquei com os putos... mas festejei com moderação. Planeei com amarras, com as responsabilidades a passar em rodapé, sem poder tirar os pés do chão. Não é tragédia nenhuma, prefiro não ter férias a sério do que não ter trabalho, mas fica sempre aquela vontadinha secreta de largar tudo e fugir com ele, esse sacana sedutor que é o Verão.

Comentários

  1. ''prefiro não ter férias a sério do que não ter trabalho'' - Ora aí está.

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  2. Gosto tanto de te ler, Joana.

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  3. Como te compreendo :) este ano estive na mesma situação que tu ;9 e prefiro o trabalho a férias forçadas pela falta dele, sem dúvida!

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