Oi LES
LES é um pronome francês (já estou a treinar para a passagem de ano, amigas) mas é, também, uma abreviatura de Lupus Eritematoso Sistémico, a doença que - agora sim, é oficial - me foi diagnosticada. Para além de ser uma doença estranha (vem sem sabermos de onde e manifesta-se de formas diferentes de paciente para paciente), as semanas de diagnóstico coincidiram com uma Mononucleose Infecciosa para a qual me administraram erradamente um antibiótico que desencadeou um "Síndrome de não-sei-quê" (um nome lindo de alguém que o descobriu, mas que agora não me lembro ao certo), que me fez ficar cheia de manchas e prurido (a palavra nova que aprendi no hospital) durante vários dias e me obrigou a levar com doses industriais de medicamentos. Este cocktail de acontecimentos não nos permite estar 100% seguros quanto ao diagnóstico pois alguns valores das análises sanguíneas continuam duvidosos. Ainda assim, é quase certo que tenha aqui um "amigo" para o resto da vida.
No meu caso o LES manifestou-se através de dores nas articulações mas pode afectar qualquer parte do corpo. Para já, foram apenas dores e não tenho nem articulações nem músculos deformados, ou qualquer lesão na pele, mas pode acontecer no futuro - isto porque esta é uma doença auto-imune, ou seja, há um erro de informação que leva o corpo a reagir contra si mesmo, destruindo partes saudáveis (células, tecidos, órgãos).
Para já sinto-me bem, sem qualquer dor, mas a medicação ainda é considerável (apesar de já ter baixado, gradualmente). Os medicamentos que tomo (corticóides) servem para inibir este efeito reactivo e manter os níveis das defesas dentro dos parâmetros normais. Se ignorarmos a perda de visão, o aparecimento de três borbulhinhas de acne adolescente e outra coisa que me arrelia tanto que nem vou mencionar (cenas de gaja), está tudo óptimo. No entanto, é bom não esquecer que, a qualquer momento - e muito por efeitos da exposição ao sol ou alimentação - podem surgir crises, pode haver evolução e - a esperança - remissão.
Uma explicação prática para LES.... muita força!!
ResponderEliminarFogo, este teu post quase que parecia um episódio do Dr. House ;)
ResponderEliminarPor mim estás contratada para resumir as fantásticas e (milhares de) doenças e síndromes que engolimos durante a licenciatura. Bem... Mas era suposto eu dizer algo sobre o diagnóstico em si... Oh pah... É mau? É. É muito mau? Não. Ninguém gosta (nem merece) ter uma auto-imune e a sensação de "perseguição" por uma maldita doença mas também acredito que as coisas são o que fazemos delas e tenho a certeza que para ti o LES continuará a ser francês e serás a agatxigibaba de sempre :) (com uma ligeira dorzita de vez em quando, vá). Força aí e ufa que podia ser bemmmm pior! :)
ResponderEliminarPelo menos já sabes o que é. E olha que não é assim tão mau. Basta que sejas acompanhada com regularidade e podes fazer uma vida normalíssima. :) Vai correr tudo bem, não te preocupes. :)
ResponderEliminarbeijinho grande
Querida (escrevo querida porque o teu nome é tão complicado! :P) conheço algumas pessoas com essa LES. Tem vidas normais, com altos e baixos, como toda a gente, mas mais chatos por causa da doença. Vais aprender a controlá-la e a lidar com ela. A vida é feita destas coisas infelismente. Parece que só estou praqui a debitar clichés... mas olha, é mesmo isto que queria dizer.
ResponderEliminarMuitos beijinhos Agatxigibaba ;)