Isto é pr'Anisabel:

   Num ano normal eu estaria a cantar-te os parabéns, a bater palmas e a rir-me de ti (que estarias de certeza a chorar baba e ranho, de maquilhagem - minutos antes irrepreensível - esborratada cara a baixo). Já terias os presentes na mão - tudo muito girly como tu - e estarias a agradecer e a fungar em uníssono. Estaria provavelmente a abraçar-te. Estaria aí e isso valeria muito mais que qualquer palavra, mas à falta de melhor...

   Ainda no outro dia me lembrei do Hélder a comer o ovo do folar em tua casa: o primeiro aniversário teu em que estive presente (não sei se destaco a perícia do Bruno na coluna, se a tentar marcar um golo, fora todo o resto genial). No ano seguinte lá estávamos todos na tua casa de Lisboa (a casa onde a Sílvia escondia os bolos debaixo da cama), a festejar de novo. Um ano depois? Repetia-se a história, repetiam-se os protagonistas, mudavam os cenários: uma manhã na rádio, uma ida ao Largo Camões patrocinada pela Ben & Jerry's e um fim de tarde às voltas de carro, para não chegares a casa cedo de mais e estragares a surpresa que te estávamos a preparar.
   Três anos em cheio de convivência diária (mais dia menos dia) que fazem com que custe muito não estar aí agora, para comemorar o quarto. Bem sei que este é um ano atípico e que é esse o único motivo por não me teres ao teu lado neste momento, mas saber isso não sossega o bichinho. O meu lugar é contigo e mói-me não estar aí para celebrar a tua existência e a nossa amizade. Celebrar o quão bom é ter-te na minha vida, o quão bom foi ter-te conhecido e o orgulho que tenho em ti.
   Minha amiga, minha afilhada, meu xuxu. Livra-te de achares, algum dia, que a nossa chama se apagou - estou a escrever isto ao som da telenovela Páginas da Vida, portanto é melhor ficar por aqui que o índice de lamechice já vai alto (só para que não restem dúvidas: tenho mesmo saudades nossas, desde as coisas de gaja às coisas mais práticas da vida ♥).

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